
Como você começou a escrever romances?
Eu cresci vendo minha mãe ler muito. Ela sempre incentivou a leitura para eu e meus irmãos, com isso acabei tendo os livros como minha diversão favorita. De tanto ler e ver a paixão que minha mãe tinha pelos romances, (principalmente os romances de banca) tive vontade de escrever minhas próprias histórias. Escrevi meu primeiro romance aos dezesseis anos, e a escolha do gênero aconteceu naturalmente, acho que não poderia começar com outro que não fosse o meu preferido da vida.
O que inspirou você a seguir essa carreira?
A possibilidade de ver as pessoas suspirando/felizes (assim como quando via minha mãe lendo) ao lerem minhas histórias.
Quais autores ou livros mais influenciaram seu trabalho? Há algum autor específico que você admira particularmente?
Livros de romance e drama sempre me inspiram e influenciam em algum aspecto na minha escrita.
Nicholas Sparks, porque amo a maneira que ele fala de amor e tragédia. O drama dos livros dele me faz ter sentimentos muito intensos, tanto no bem quanto no mal e acho que essa é a missão de um autor, fazer seus leitores sentir, refletir.
Nana Pauvolih, minha musa do hot, que me inspirou e ajudou muito a destravar minha mente para o romance erótico.
Qual foi o maior desafio que você enfrentou como autora independente? Como você superou esse desafio?
A autopublicação foi e ainda é o maior desafio para mim.
Supero dia após dia (ou não kkkk). Com o tempo as coisas e condições têm ficado melhores. A tecnologia ajuda bastante, mas, ainda assim, é bem complicado ser uma autora independente no Brasil.
Como você descreveria o seu estilo de escrita? Você acha que ele evoluiu ao longo dos anos? Como?
Escrevo ficção, mas acabo colocando muito da vida real em minhas histórias. Gosto de abordar temas reais, importantes, mas sempre de forma leve, que chegue nas leitoras com delicadeza, mas que seja bem percebido e, principalmente, sentido. Seja as emoções do primeiro beijo do casal, a intensidade das cenas hots, ou numa reflexão para a vida.
Publiquei meu primeiro livro em 2016, desde então acredito que evolui bastante, tanto como autora e também como pessoa. Acredito que a vivência, experiência que a vida nos traz, acrescenta muito em nosso trabalho.
Estudei bastante, li muito, mudei o jeito de pensar e fazer algumas coisas nas minhas histórias, e por aí vai, consequentemente meu estilo mudou um pouco também. Antes eu pesava mais no hot, hoje já não vejo tanta necessidade. Nos primeiros livros as histórias eram mais “rasas”, hoje já tento deixá-las mais profundas, fundamentadas, para que não seja apenas uma leitura de diversão, mas que haja nela algum tipo de reflexão ou “aprendizado”.
Pode nos falar sobre o seu processo de escrita?
Tudo começa com a ideia da história que normalmente vem do nada, nos lugares e momentos mais aleatórios rs. Anoto sempre no celular a ideia central e depois detalho tudo no computador. A partir daí faço um roteiro e planejo tudo o que vai acontecer no decorrer da história.
Gosto de escrever pela manhã, me sinto mais inspirada e minha mente trabalha muito melhor.
Você planeja toda a história antes de começar a escrever ou deixa que a trama se desenvolva à medida que escreve? Quais são as vantagens e desvantagens do seu método?
Planejo, sim! Acho que funciono melhor quando vejo tudo montadinho, começo, meio e fim. Planejo o que vai acontecer em cada capítulo, mas deixo a mente e o coração trabalharem por vontade própria. O cérebro traça a meta e eles fazem o resto para alcançá-la.
Acredito que fazendo dessa maneira, deixo menos furos, a história fica mais encaixadinha, minha mente trabalha melhor.
A desvantagem é que nem sempre dá para seguir o planejado, às vezes a coisa não sai como planejei, aí fico maluca kkk.
Como você desenvolve seus personagens? Eles são baseados em pessoas reais que você conhece?
Alguns personagens me inspirei em pessoas reais, mas a maioria são totalmente criados por mim. Penso em como queria que ele fosse, personalidade, porte físico, profissão, sentimentos dominantes. Faço uma listinha de todas as características e depois vou criando. Às vezes acontece do personagem criar algo que não planejei, por exemplo o Valentin do Rendida pelo Mafioso, a princípio ele não fumava, mas acabei colocando esse detalhe no automático, e quando percebi, ele era um fumante “compulsivo”. Não foi planejado, mas aconteceu. E quando isso acontece, costumo dizer que é a vontade do personagem kkkk. Acreditem ou não, eles têm vontade própria.
Qual parte do processo de escrita você acha mais difícil? E qual parte você acha mais gratificante?
Colocar a ideia no papel, organizar a história. A mente trabalha muito rápido e às vezes as mãos não a acompanham, as informações se perdem antes de conseguir anotar, e por aí vai. Por isso que gosto de planejar e anotar tudoooo.
O final é sempre uma delícia, na verdade é uma mistura de sentimentos, tristeza por ter acabado e “deixar” os personagens, etc., mas alegria de ver que consegui dar vida a mais uma história.
Por que você escolheu a publicação independente em vez de procurar uma editora tradicional? Quais são as maiores vantagens e desvantagens da publicação independente?
Eu procurei muitas editoras, mas infelizmente, ou felizmente, recebi muitos nãos. Acredito que tudo tem um motivo e o momento certo, por isso desisti da publicação “tradicional” e parti para independente.
Das vantagens, ter total liberdade em todas as questões do seu livro e publicação, é a melhor delas. As desvantagens são as mesmas kkkk, porque é bem tenso ter que fazer tudo, correr atrás de revisão, diagramação, marketing e tudo mais. A vida de uma autora independente não para apenas na escrita, vai muito, muito além de escrever.
Como você lida com a distribuição e vendas dos seus livros? Há plataformas ou ferramentas específicas que você recomenda?
Hoje vendo meus livros só pela Amazon. Gosto bastante, pois é uma empresa de grande nome que deu e dá a muitas autoras e autores independentes a oportunidade de existir, de vender, e acredito que sem ela talvez as coisas para nós, seria mais difíceis. No entanto, o mercado é imenso, existe uma infinidade de autores independentes, milhares de livros sendo vendidos, e isso acaba meio que travando a distribuição, acredito que não só para mim. Esse é apenas uns dos detalhes, mas esse mundo literário é enorme e as oportunidades existem para todos, é só trabalhar bastante e seguir em frente.
Nada nesse mundo é perfeito, e com a vida do autor independente não seria diferente, né!?
Wattpad, onde eu comecei e indico para quem está começando, para aprender algumas coisas, se adaptar aos leitores etc. E a Amazon, que acho que seja a maioral quando o assunto é literatura brasileira e independente.
Pode nos contar um pouco sobre o seu romance mais recente? O que inspirou essa história?
Meu último lançamento é, na verdade, um relançamento do segundo livro que publiquei lá em 2015. Rendida pelo Mafioso conta a história de um Don da máfia poderoso, que luta para se livrar da vida do crime, e que se apaixona por uma menina quatorze anos mais nova. Fala sobre arrependimento, redenção, consequência de más escolhas, amizade e amor, muito amor. É um romance hot com momentos de tirar o fôlego.
E o próximo lançamento, que se seguir o planejado será em junho, é uma pegada bem romântica, com um mocinho que vai deixar os corações alucinados por ele.
Sempre gostei muito de romances com mocinhos de caráter duvidoso, que amam o que fazem de errado e tudo mais. Quis escrever um que não gostasse tanto, mas que vivesse sobre as consequências da sua escolha (porque pra tudo na vida temos uma escolha). Quis falar sobre arrependimento. Que quando erramos, mesmo sendo um erro terrível, como no caso de Valentin, e existe o arrependimento, podemos enfrentar as consequências, pagar pelo nosso erro e recomeçar.
Quais são os temas recorrentes em seus romances? Você tem um personagem favorito entre todos que criou? O que o torna especial para você?
Quando escrevo penso sempre em fazer meus leitores refletir sobre algo da vida, seja amizade, relacionamentos, situações, doenças, resumindo: coisas que acontece e pode acontecer com qualquer um de nós. Escrevo ficção, mas gosto de dar aquela pitada de realidade para que a leitura seja divertida, mas também que não passe de “só mais um livro de romance”.
Apolo, meu roqueiro favorito, do livro Minha Estrela. Ele foi o meu primeiro personagem, aquele que me fez perder a timidez, a vergonha de escrever hot, o que trouxe leitoras maravilhosas para minha vida. Apolo me fez entender que eu podia ser uma escritora. Ele é meu xodó pra sempre.
Como é a sua interação com os leitores? Você recebe feedback dos seus leitores? Como ele influencia seu trabalho futuro?
Minha interação é bem legal, saudável. Sempre estou em contato com elas, que em sua maioria são mulheres. Recebo direct, surtamos juntas, batemos um papo legal, normalmente sempre sobre acontecimentos nas histórias, personagens e até livros de outras autoras.
Me sinto um pouco ausente das redes sociais, gostaria de estar mais ativa, mais em contato com as leitoras, mas estou mudando isso aos poucos.
Recebo e amo! O feedback é de extrema importância para mim, principalmente quando apontam detalhes da história que poderia ser melhor desenvolvida, ou uma parte que poderia ter sido cortada, esses tipos de coisas. Aqueles detalhes que só o leitor percebe e só ele pode apontar. Isso ajuda muito e é extremamente gratificante.
Quais são seus planos para o futuro como autora? Há novos projetos em andamento?
Estou com três livros engatilhados para esse ano (um em fase final de escrita). Um hot que ainda é segredo. Um fantasia e um CEO, que inclusive será meu primeiro CEO gostosão.
Você tem alguma meta ou sonho específico que gostaria de alcançar na sua carreira de escritora? Como você planeja alcançá-lo?
Tenho muitos, mas sonho e penso todos os dias em ter meu livro publicado por uma grande editora tradicional, em vê-lo espalhado por todas as livrarias do Brasil e do mundo.
E também ter uma adaptação nos cinemas. Acho que esse é o maior de todos.
Escrevendo bastante, estudando, criando histórias diferentes. E não desistindo, o que a parte mais difícil.
Há algum gênero ou tipo de história que você ainda não escreveu, mas gostaria de explorar no futuro?
Romance de época. Adoro, tenho vontade de escrever, mas não sei se daria certo.
O que você gostaria de ter sabido antes de começar sua própria jornada?
Que o mundo da literatura é mágico, mas é real e imperfeito. Que assim como tudo na vida, tem momentos bons, ruins e que exige muito trabalho, dedicação e persistência
Que conselhos você daria para escritores aspirantes que querem seguir o caminho da publicação independente?
Cada escritor é único. Cada livro é único. Leia muito. Estude muito e não se compare a ninguém.
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