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Terapia Entrevista Marcio Pereira Lopes

O que te inspirou a explorar relacionamentos inter-raciais em seus romances?

O fato de ainda haver muito preconceito infelizmente em relacionamentos interraciais. O que não poderia de forma alguma acontecer, pois o amor é um sentimento que nasce sem nenhum tipo de segregação, nós como sociedade em um todo somos os responsáveis por impor certas seletividades nas relações humanas, castas, camadas sociais, religião, etnia. Nós como seres humanos em nossa evolução nos distanciamos de conceitos básicos entre relações humanas, que é o respeito a sua própria espécie, é nosso dever dar foco e cobrar essa igualdade entre todos os povos, independentemente de qualquer fator.

Tentei transmitir o cotidiano que acontece na vida não só dos personagens, mas na realidade da vida atual. Claro que com a escrita podemos fazer os destinos serem moldados de acordo com nossa imaginação, já a realidade os desfechos podem ser bem cruéis, nem sempre tão românticos.

Eu como negro escrever sobre preconceito, foi o mesmo que revirar minhas próprias feridas para tentar encontrar apoio que nos dê voz e representação.

Sim a partir do momento que você escreve sobre um tema que precisa de conscientização, e você leva à tona de forma bem explícita o problema, acaba por trazer reflexões para quem lê a obra.

Por mais distantes que sejam as diferenças econômicas dos personagens, a diferença cultural que entre eles não foi abordada na obra, por eu acreditar que havia um equilíbrio sobre essa situação. O conceito de cultura em minha visão não se impõe sobre qualquer questão financeira, e esse foi um dos fatores que mais impactaram na obra, o equilíbrio cultural em total inversão do social. 

O que eu acabei de responder na pergunta anterior tem muito haver com essa resposta. O equilíbrio cultural é fundamental, o entendimento que não existe superioridade racial. Os opostos se atraem na lei da física, mas é necessário um equilíbrio para que esses mesmos opostos possam sinergizar.

Vem em boa parte de leituras realizadas em minha juventude, época em que o tema era tratado de forma bem diferente de hoje.

Ainda não, embora esse seja o segundo livro que eu escrevo, será minha primeira obra publicada. Aguardo ansioso esse retorno do público.

Em termos gerais as obras literárias costumam colocar sempre sobre os personagens que não são de uma condição socioeconômica predominante, a condição de inferioridade ou de motivado pelo poder de se igualar a outra parte. Quando escrevi minha obra pensei em sair desta condição quase sempre muito clichê, portanto o personagem de condição socioeconômica inferior, e ainda sendo negra em um país ainda muito racista, torna se o fator inspirador do outro personagem, trazendo o mesmo para o seu mundo, e não ao contrário como na maioria das obras existentes.

A mensagem que trago comigo em minha vida. Nada obrigatoriamente tem que terminar como começa, tudo em nossas vidas pode mudar a partir do momento que você entender o seu valor, a sua capacidade, e o seu lugar é aquele que você entende que tem que estar, e não aquele que impuseram para você ficar.

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Ana Carolina

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