Autor
Megan Miranda
Classificação
16+
Editora
Darkside
Páginas
352
Publicação
2024
Um thriller intenso que aumenta o suspense e o terror antes da conclusão emocionante. Patrick e Clara acordam presos em um porão, com uma parede fina separando suas celas. O seu captor está misteriosamente ausente, o que à primeira vista parece uma bênção. À medida que o tempo passa sem comida ou água, eles começam a perceber que o relógio está correndo para sua sobrevivência. Combinando inteligência e determinação, os dois começam a planejar uma fuga da prisão compartilhada. Superar cada obstáculo apenas apresenta outro obstáculo no caminho da sua liberdade. Será necessária toda a sua engenhosidade e força para encontrar o caminho para sair desta bagunça. Eles sabem que seu captor ainda está por aí e é apenas uma questão de tempo até que ele retorne.
RESENHA
A trama mergulha nas profundezas das consequências de um trauma coletivo, explorando o impacto de um acidente devastador que marcou a vida de nove jovens sobreviventes. A narrativa começa com um evento trágico: duas vans escolares arrastadas por um rio, deixando um rastro de morte e transformação. A sobrevivência não trouxe apenas alívio, mas um fardo compartilhado entre os que ficaram alimentando um pacto sombrio de união e memória.
Cassidy Bent, a protagonista, é uma figura central que encarna o desejo de seguir em frente, enquanto é puxada de volta por forças além de seu controle. A escolha de Cassidy de se afastar do grupo após anos de encontros anuais reflete a luta interna entre a lealdade aos sobreviventes e a busca por libertação pessoal. No entanto, a morte de outro integrante, no décimo aniversário do acidente, obriga-a a retornar ao círculo de amizades despedaçadas, reabrindo feridas antigas.
O cenário em Outer Banks adiciona uma camada atmosférica à história. A casa de praia, que deveria ser um refúgio, transforma-se em um palco de mistério e tensão. A desconfiança crescente entre os sobreviventes é palpável, especialmente quando o número de membros do grupo diminui, sugerindo que há mais do que coincidência por trás das mortes.
Com personagens bem desenvolvidos e um enredo que mistura drama psicológico com suspense, Sete Sobreviventes é um retrato angustiante de como traumas moldam e distorcem relações. A narrativa mantém o leitor preso em uma teia de segredos e reviravoltas, desafiando-o a questionar os limites da amizade e os ecos persistentes da culpa.
À medida que a história avança, o leitor é levado a questionar se os sobreviventes realmente superaram o passado ou se estão presos a ele de forma inescapável. A autora tece temas como o peso da responsabilidade, a fragilidade das conexões humanas e a luta por redenção, criando um mosaico emocional profundo. A dinâmica entre os personagens é carregada de tensão, oscilando entre solidariedade e suspeita, enquanto eles tentam descobrir se há uma ameaça oculta entre eles ou se os acontecimentos são apenas um trágico acaso.
A escrita é imersiva e envolvente, alternando momentos de introspecção emocional com cenas de suspense eletrizante. As revelações vêm em um ritmo que mantém o leitor em constante estado de alerta, culminando em um desfecho inesperado que amarra as pontas soltas de maneira satisfatória, mas também inquietante.
Sobreviventes não é apenas uma história sobre um grupo de jovens tentando lidar com um trauma; é uma exploração poderosa da psique humana e do que acontece quando o passado se recusa a permanecer enterrado. Um livro que deixa o leitor refletindo muito depois da última página.