Autor
Mary Kubica
Tradução
Fal Azevedo
Editora
Planeta
Páginas
304
Publicação
2018
No centro de Chicago, a jovem Esther Vaughan desaparece de seu apartamento sem deixar vestígios. Uma carta sombria dirigida a “Meu bem” é achada entre seus pertences, deixando sua colega de apartamento, Quinn Collins, se perguntando onde a amiga estaria e se ela era – ou não – a pessoa que Quinn achava que conhecia. Enquanto isso, em uma pequena cidade portuária de Michigan, uma mulher misteriosa aparece no tranquilo café onde Alex Gallo trabalha lavando pratos. Ele é atraído imediatamente pelo seu charme e beleza, mas o que começa como uma paixão inofensiva rapidamente se transforma em algo mais sinistro…
RESENHA
Em um domingo, Quinn acorda e percebe que Esther, sua colega de apartamento, desapareceu. Como Esther, era uma pessoa que dificilmente saia, ela fica acaba ficando entre a incerteza se aconteceu algo grave ou se a amiga simplesmente decidiu embora sem se despedir.
Quinn inicia as buscas e tenta achar indícios sobre o que pode ter acontecido com Esther, em paralelo, a vários quilômetros de distância, Alex vive em uma pequena cidade e inicia mais um dia de trabalho, mesmo já tendo concluído a escola e ter ganho uma bolsa de estudo para faculdade, ele continua lavando pratos na lanchonete onde trabalha.
Tudo ia completamente normal e rotineiramente, até que uma mulher misteriosa entra na lanchonete, ela imediatamente o atrai, sem saber seu nome, ele a nomeia de Pearl, e sem conseguir parar de prestar a atenção nela, ele começa pouco a pouco, a vigiar e acompanhar tudo que ela faz, e o que começa como uma simples paixão, logo evolui para uma obsessão.
Toda trama é construída em primeira pessoa, e os capítulos são alternados entre as perspectivas de Quinn e Alex. Dessa forma, as duas histórias completamente diferentes começam a ser contadas, deixando para o leitor sugestões de como elas podem estar de alguma forma interligadas. Mesmo que Quinn e Alex forneçam bastantes informações sobre Esther e Pearl, assim como as situações vividas por cada um, é nítido que suas narrativas revelavam muito mais sobre si próprios do que sobre as jovens por eles acompanhadas. Não chore, não, apresenta uma história envolvente e recheada de reviravoltas, que nos leva a criar diversas teorias, que nos fazem perceber que estávamos errados o tempo todo.
Em diversos momentos nos questionamos mais sobre eles do que sobre as garotas, o que nos gera uma expectativa muito grande de receber mais informações sobre os narradores, é quando nos damos conta que a história não é sobre eles, os dois são apenas porta vozes da trama. A estratégia autora foi muito bem sacada, pois ao desenvolver a narrativa dessa forma, temos Quinn e Alex desconhecendo os segredos de Esther e Pearl e, assim como nós leitores, passam a conhecê-las conforme a história avança.
A trama nos apresenta dois mistérios a serem resolvidos, uma mulher que está desaparecida e uma outra que aparece do nada completamente misteriosa. Quinn e Alex, irão se deparar com diversas situações inusitadas e enigmas para no fim, chegarem a conclusão que as aparências enganam.
Essa foi minha primeira leitura da autora, a narrativa fluiu muito bem e a linguagem é fácil de ser compreendida, toda a trama é bem trabalhada e o final é completamente inesperado e surpreendente, recomendo a leitura!