Autor
John Douglas e Mark Olshaker
Tradução
Lucas Peterson
Editora
Intrínseca
Páginas
392
Publicação
2017
Em detalhes assustadores, Mindhunter mostra os bastidores de alguns dos casos mais terríveis, fascinantes e desafiadores do FBI.
Durante as mais de duas décadas em que atuou no FBI, o agente especial John Douglas tornou-se uma figura lendária. Em uma época em que a expressão serial killer, assassino em série, nem existia, Douglas foi um oficial exemplar na aplicação da lei e na perseguição aos mais conhecidos e sádicos homicidas de nosso tempo. Como Jack Crawford em O Silêncio dos Inocentes, Douglas confrontou, entrevistou e estudou dezenas de serial killers e assassinos, incluindo Charles Manson, Ted Bundy e Ed Gein.
Com uma habilidade fantástica de se colocar no lugar tanto da vítima quando no do criminoso, Douglas analisa cada cena de crime, revivendo as ações de um e de outro, definindo seus perfis, descrevendo seus hábitos e, sobretudo, prevendo seus próximos passos.
Com a força de um thriller, ainda que terrivelmente verdadeiro, Mindhunter: o primeiro caçador de serial killers americano é um fascinante relato da vida de um agente especial do FBI e da mente dos mais perturbados assassinos em série que ele perseguiu. A história de Douglas serviu de inspiração para a série homônima da Netflix, que conta com a direção de David Fincher (Garota Exemplar e Clube da Luta) e Jonathan Groff, Holt McCallany e Anna Torv.
RESENHA
Em Mindhunter: o primeiro caçador de serial killers americano vemos toda trama através ponto de vista de John Douglas, e como surgiu a Unidade de Apoio do FBI. John foi durante muitos anos, chefe da seção especial FBI. Mindhunter foi escrito em juntamente com Mark Olshaker,
John Douglas foi o pioneiro na função em unir criminosos e psicologia, desenvolvendo, junto com outras pessoas, os métodos para uma elaboração de perfis psicológicos que identificariam os suspeitos. Com toda sua experiência em campo, John foi transferido para a Unidade de Ciência Comportamental do FBI, onde passou a ensinar negociação de reféns e psicologia criminal aplicada para outros policiais. Ele tinha o hábito de viajar bastante a trabalho, dando diversas palestras a departamentos de polícia locais, durante suas viagens, ele aproveitava para realizar visitas em cadeias e entrevistar assassinos e agressores sexuais famosos.
O livro tem seu início relatando as experiências pessoais vividas por John .Apesar do preconceito do FBI com relação a inovação no estudo da psicologia criminal, e da criação da Unidade de Apoio do FBI, o livro reflete bem a realidade. E é justamente nesse âmbito que a expressão “serial killer” é criada por Robert Ressler, participou tanto quanto John Douglas da criação da seção especial e no estudo dos assassinos em série.
Além deles uma outra personagem tem um papel de destaque na trama, a Dra. Ann Burgess , ela é uma professora na Universidade de Boston, e foi uma das primeiras no tratamento do trauma em vítimas de estupro. A contribuição para o FBI se deu através do seu trabalho como consultora de John Douglas e Robert Ressler, na elaboração das teorias para o desenvolvimento dos conceitos e processos do perfil psicológico de assassinos em série.
O livro relata o quanto é necessário realizar um longo e exaustivo para perfilar e encontrar um assassino e comprovar que realmente é o culpado, diferentemente do que muitos acreditam que seja um trabalho fácil.
Mindhunter consegue facilmente agradar os leitores acostumados com romances policiais. Infelizmente não encontramos muitos detalhes a respeito da vida pessoal de John Douglas, porém a trama traz relatos tão intrigantes que os apaixonados pela literatura policial conseguem ignorar esse fato.
Recomendo bastante a leitura principalmente se você tiver interesse em psicologia comportamental, investigação e true crime, mas ATENÇÃO com as descrições de brutalidades e relatos dos crimes que podem não ser confortáveis para algumas pessoas.
Classificação indicativa: 18+