Maria não quer ver fantasmas apresenta uma história que mistura humor, suspense e uma dose de sobrenatural, com uma protagonista cativante e cheia de camadas. A trama segue Maria, uma jovem que parece estar no fundo do poço: sem emprego, sem direção e com a autoestima em ruínas. No entanto, seu mundo dá uma guinada inesperada quando ela consegue o que seria o trabalho dos sonhos — ser assistente de Ruby Ryan, uma atriz famosa por seus papéis em filmes de terror e ícone da comunidade sáfica.

Mas o sonho logo vira um pesadelo quando Ruby desaparece misteriosamente, deixando Maria com mais perguntas do que respostas. Para piorar, ela começa a ser assombrada por fantasmas não só de Ruby, mas também de Jaime Garcia, uma estrela das comédias românticas. Ambos insistem para que Maria resolva o mistério de suas mortes e traga justiça a seus casos.

A narrativa se desenrola como uma intrigante investigação, onde Maria, acompanhada por sua amiga espirituosa e sua sobrinha cheia de sagacidade, embarca em uma jornada para desvendar os segredos obscuros de Hollywood. O enredo equilibra habilmente elementos de comédia e drama enquanto explora temas como amizade, saúde mental e resiliência.

Além do mistério central, o livro apresenta um subtexto crítico, abordando questões como a fragilidade das carreiras no showbiz, o peso das aparências e as armadilhas dos contratos de confidencialidade. A presença de fantasmas também pode ser lida como uma metáfora para os traumas e arrependimentos que Maria carrega consigo, adicionando profundidade à sua jornada pessoal.

O tom irreverente da trama é um ponto de destaque. Entre sustos, risadas e momentos de pura tensão, o leitor se vê torcendo por Maria enquanto ela tenta não só resolver os mistérios ao seu redor, mas também encontrar seu lugar no mundo — sem sucumbir à ansiedade e ao medo.

O livro é um quebra-cabeça intrigante com um relato emocionante sobre superação e crescimento. Um prato cheio para os fãs de histórias que combinam o inusitado com um toque de crítica social.