Autor
Paloma Sama
Classificação
16+
Editora
Independente
Páginas
458
Publicação
2017
Após a morte de seu irmão numa operação de combate ao tráfico de órgãos, o investigador da polícia federal, Seth Ranieri assume o caso.
Numa busca obsessiva pelo culpado, o investigador passa por cima de tudo e todos sem medir as consequências. Apesar de habilidoso, Seth cairá num jogo de frustrações onde andará em círculos em busca do assassino, e mesmo encontrando peças de seu quebra-cabeça suas provas não serão suficientes.
Em seu percurso conhece Jaqueline de Lima, uma designer de móveis emocionalmente instável que teve a vida destruída após um relacionamento mal-acabado.
Ela vê em Seth a esperança que perdera e ele a vê como uma peça de seu mistério.
Ambos serão a chave para a solução ou desgraça de seus problemas.
RESENHA
Justiça Ferida apresenta uma narrativa intensa e carregada de emoção, mergulhando o leitor em um thriller psicológico que mistura vingança, obsessão e fragilidade humana. A trama gira em torno do investigador da Polícia Federal, Seth Ranieri, que, após a trágica morte do irmão em uma operação contra o tráfico de órgãos, mergulha em uma investigação pessoal marcada por atitudes impulsivas e decisões éticas questionáveis.
Movido pela dor e pelo desejo de justiça — ou vingança — Seth se torna um protagonista complexo, cuja habilidade investigativa contrasta com sua crescente instabilidade emocional. A busca pelo culpado se transforma em uma espiral de frustração e descontrole, à medida que pistas e suspeitas não se convertem em provas concretas. O autor constrói bem a tensão ao mostrar como a obsessão do personagem o afasta da racionalidade e o conduz a um caminho autodestrutivo.
No percurso dessa jornada sombria, surge Jaqueline de Lima, uma designer de móveis emocionalmente fragilizada por um passado conturbado. Ela representa não apenas um possível elo com o caso que Seth investiga, mas também um espelho de suas próprias dores. A relação entre os dois evolui entre desconfiança, dependência e a esperança de redenção, conferindo ao enredo uma camada emocional profunda.
Justiça Ferida é mais do que uma história de crime: é um retrato das cicatrizes invisíveis deixadas pela perda, do desequilíbrio entre justiça e obsessão, e da possibilidade — ou não — de salvação emocional. O livro instiga o leitor a refletir sobre até onde alguém pode ir em nome do que considera justo e quais são as consequências de ignorar os próprios limites.
Uma resposta
Muito obrigada por essa resenha! É muito prazeroso ver como você captou com tanta clareza a essência da história, a carga emocional, os dilemas morais, a fragilidade dos personagens e a complexidade do Seth ❤️❤️