“Cocaine Shark” é uma obra que desafia os limites do absurdo e do terror ao combinar elementos de ficção científica, ação e horror marinho em um enredo caótico e viciante. O livro aborda o lançamento de uma droga devastadora, HT25, que não apenas explora a ganância e a falta de ética do submundo do crime, mas também leva os leitores a um cenário apocalíptico envolvendo tubarões geneticamente modificados.

O ponto de partida é sombrio: um laboratório secreto que utiliza tubarões como fonte de experimentos grotescos. A droga, criada para ser a nova sensação nas ruas, tem um preço alto – efeitos colaterais monstruosos que culminam em uma explosão catastrófica no laboratório. Esse evento desencadeia um pesadelo global, com tubarões mutantes e outras criaturas assassinas soltas, ameaçando a humanidade em proporções alarmantes.

A narrativa acompanha um pequeno grupo de sobreviventes que, em meio ao caos, tenta reverter a situação e impedir uma carnificina ainda maior. A tensão é constante, com momentos de puro terror e adrenalina à medida que os personagens enfrentam não apenas as criaturas mortais, mas também suas próprias limitações e dilemas éticos.

Embora a premissa seja deliberadamente exagerada, o livro não se esquiva de explorar críticas sociais, como a irresponsabilidade científica, a ambição desenfreada e as consequências da exploração ambiental. O tom pode variar entre o grotesco e o cômico, oferecendo ao leitor uma experiência que mistura humor negro com cenas genuinamente assustadoras.

“Cocaine Shark” é, sem dúvida, uma leitura para aqueles que apreciam histórias intensas e despretensiosas, onde o surreal e o aterrorizante se encontram. Não é uma obra que se leva a sério, mas é justamente isso que a torna uma experiência única e divertida, ainda que desconcertante.