“Algoritmo do Amor” apresenta um romance envolvente que mistura emoção, tecnologia e o poder da cura através dos sentimentos. A narrativa se constrói em torno de dois protagonistas de universos opostos: Jang Soo-jin, uma CEO movida pela dor e pela esperança de transformar vidas com seu aplicativo de bem-estar emocional, e Kim Jin-woo, um empresário pragmático que enxerga o mundo apenas através de números e resultados.

A partir desse encontro improvável, o enredo explora não apenas a tensão romântica entre razão e emoção, mas também questões profundas ligadas à saúde mental, à superação de traumas e ao recomeço. Soo-jin representa a sensibilidade e a resiliência de quem encontrou propósito na dor; já Jin-woo simboliza a rigidez de quem se recusa a acreditar no que não pode ser medido ou calculado. A interação entre eles, marcada por embates intensos e faíscas emocionais, vai além de um simples romance corporativo: é um convite a refletir sobre como até os corações mais endurecidos podem aprender a sentir novamente.

Com uma escrita que promete arrancar suspiros e lágrimas, a obra combina o charme de um romance contemporâneo com a atualidade do debate sobre saúde mental, criando um equilíbrio entre drama, reflexão e paixão. A leitura provoca tanto identificação quanto esperança, ao mostrar que, mesmo em meio às perdas e desilusões, sempre existe a possibilidade de recomeçar.

Outro ponto que chama atenção é a forma como a autora utiliza o contraste entre os protagonistas para questionar o papel da vulnerabilidade em um mundo cada vez mais movido por metas, estatísticas e resultados. Enquanto Jin-woo acredita que nada escapa ao controle dos números, Soo-jin insiste em mostrar que emoções também salvam vidas. Essa dualidade, além de alimentar a tensão romântica, dá à trama uma dimensão mais filosófica e atual.

Não é apenas uma história de romance, mas também uma metáfora sobre equilíbrio: entre razão e emoção, entre dor e cura, entre passado e futuro. Mais do que contar a trajetória de dois personagens, o livro nos lembra que, em um mundo guiado por algoritmos e previsões, ainda é o coração humano quem dita o verdadeiro rumo das nossas escolhas.