Autor
Richard Chizmar
Classificação
18+
Editora
Valentina
Páginas
441
Publicação
2024
No verão de 1988, os corpos mutilados de quatro adolescentes desaparecidas começam a ser encontrados em uma pacata cidadezinha de Maryland. As provas macabras levam à aterrorizante suposição de que um serial killer está à solta naquele subúrbio tranquilo.
Contudo, logo começa a se espalhar um boato de que o mal que está caçando as adolescentes pode não ser totalmente humano. Mas a polícia e o FBI têm certeza de que o assassino é um psicopata de carne e osso – e que está brincando com eles. Para uma comunidade outrora pacífica, agora aprisionada nas profundezas da paranoia e da desconfiança, parece que o pesadelo nunca vai acabar.
O recém-formado Richard Chizmar volta para sua cidade natal no momento em que um toque de recolher é decretado e um grupo de vigilância de bairro é formado para fazer rondas. Em meio às preparações para o casamento e o início da carreira como escritor, ele logo se vê catapultado para o coração de uma história de terror verídica. Inspirado pelos eventos aterrorizantes, Chizmar escreve um relato pessoal do reino de terror do assassino em série, sem saber que aquele período de volta ao lar o assombraria por anos a fio.
RESENHA
Perseguindo o Bicho- Papão é um thriller envolvente que mistura ficção e realidade de maneira exemplar. O livro apresenta um relato quase documental sobre uma série de assassinatos que aterrorizou uma pequena cidade de Maryland no final da década de 1980. O autor, que retorna à sua cidade natal nesse período, se vê envolvido em um mistério que desafia os limites entre o horror real e o sobrenatural.
A trama se desenrola em meio ao medo crescente da população, que vê sua tranquilidade destruída pela descoberta dos corpos de adolescentes brutalmente assassinadas. Enquanto as autoridades buscam um serial killer de carne e osso, os boatos sobre uma entidade maligna começam a se espalhar, transformando o caso em algo ainda mais assustador. Chizmar, recém-formado e iniciando sua trajetória como escritor, se vê compelido a registrar os eventos, sem imaginar que essa história o assombraria por anos.
O diferencial do livro está na habilidade do autor em construir uma atmosfera sombria e sufocante, fazendo com que o leitor se sinta parte da investigação. A mistura de memórias pessoais com uma narrativa de crime real dá ao enredo um tom autêntico e perturbador. Chizmar não apenas relata os acontecimentos, mas também explora o impacto psicológico que o medo exerce sobre uma comunidade, tornando o livro muito mais do que uma simples história de terror.
Além disso, a escrita envolvente e o ritmo acelerado prendem o leitor do começo ao fim. As descrições detalhadas das investigações e dos crimes são impactantes, mas sem cair no sensacionalismo gratuito. O autor mantém um equilíbrio entre o realismo e o suspense, tornando a leitura instigante tanto para fãs de true crime quanto para aqueles que apreciam uma boa narrativa de horror.
Uma obra que ultrapassa os limites do gênero, sendo ao mesmo tempo um thriller psicológico e uma reflexão sobre o impacto do medo coletivo. Uma história fascinante, capaz de deixar o leitor com uma sensação inquietante muito tempo após virar a última página.