Autor/a
E. O Chirovici
Tradução
Roberto Mugiatti
Editora
Record
Páginas
322
Publicação
2017
Quando o agente literário Peter Katz recebe o manuscrito parcial da obra intitulada O livro dos espelhos para avaliação, fica imediatamente intrigado pela carta de apresentação. Nele, o autor, Richard Flynn, resgata da memória acontecimentos que podem estar ligados à misteriosa morte de Joseph Wieder, prestigiado professor da Universidade de Princeton, assassinado brutalmente em sua casa pouco antes do Natal de 1987 – um caso famoso e ainda sem solução. Ao chegar ao fim da leitura, Katz suspeita de que Richard Flynn tenha escrito o livro ou para confessar o crime ou para enfim revelar quem cometeu o violento assassinato.
Mas suas suspeitas só poderão ser confirmadas se ele tiver acesso ao restante do manuscrito, e isso se mostra impossível: o autor está à beira da morte no hospital e ninguém sabe onde estão as páginas que faltam.
Determinado a descobrir como termina essa história, Katz contrata o jornalista John Keller para reconstruir os eventos da época e escrever uma versão true crime do livro de memórias de Flynn.
Mas a determinação de Katz, motivada pelo potencial explosivo do caso e pelo sucesso de vendas que um livro como esse poderia obter, acaba levando todos os envolvidos para um jogo de espelhos, em que ninguém é o que parece ser, e no qual a verdade pode ser apenas um reflexo distorcido da realidade – e muito mais perigosa e ameaçadora do que ele poderia imaginar.
RESENHA
Em O livro dos espelhos, vamos conhecer Peter Katz, ele é um agente literário e trabalha em uma editora de sucesso e a sua principal função é analisar as milhares s de cartas de apresentação enviadas por autores que desejam ter sua obra publicada pela editora.
Em um dia de trabalho normal, ele Peter se recebe um email, cujo remente chama-se Richard Flynn, imediatamente ele sente simpatia sem explicação pelo autor, ele então decide imprimir a amostra do manuscrito enviado por Flynn, e dedicou-se a leitura a trama.
Peter se mostrou completamente surpreendido sobre o quanto manuscrito era interessante, ele então decide entrar em contato com Richard para ter acesso ao restante da obra e discutir um possível contrato. O que ele não esperava, era que Flynn não retornou as ligações nem respondia aos emails enviados. Dessa forma, Peter decide ir pessoalmente encontrar Flynn, porém acaba descobrindo que ele havia sido internado devido à um câncer de pulmão em estágio terminal e que sua companheira não fazia ideia de onde poderia estar guardado o restante da obra.
O que Katz desejava era descobrir a conclusão da história de Flynn, já que ao que se sabia, ele sabia quem era o assassino e tinha pretensão de revelar qual era a sua identidade.
Se o restante do manuscrito não fosse encontrado a editora poderia contratar qualquer escritor para concluir a história, desde que ele tivesse conhecimento sobre quem assassinou Wieder e qual foi a motivação do crime.
Sem nenhuma resposta, Katz, decide então entrar em contato com John Keller, seu amigo e jornalista freelance que possui uma vasta experiência como repórter para encontrar todas as informações, além de muitos contatos que seriam capazes de ajudá-lo a localizar as pessoas citadas na trama.
Desse ponto em diante O Livro dos Espelhos, narrado em terceira pessoa a partir da visão de Peter Katz, passa a acompanhar a perspectiva de John Keller, enquanto o jornalista encontra e investiga os envolvidos na história.
Porém, Keller também não obtém sucesso em sua busca e, como está com diversos problemas pessoais, decide esquecer o assunto.
Com isso, é nesse momento, que conhecemos um terceiro personagem o investigador aposentado Roy Freeman que, sem ligação direta com os dois primeiros indivíduos, decide descobrir a verdade sobre o caso.
Sua vida é totalmente solitária e o que ele mais tem é tempo livre, desta forma ele decide prosseguir com a investigação e ocupar sua mente, e ao mesmo tempo procurar dar um ponto final a um caso que, na época e sob sua responsabilidade, não foi analisado de forma rigorosa.
O questionamento que levantamos, é que passado tantos anos e por trás de tantas mentiras, ainda é possível descobrir e provar a verdade? O livro é dividido em três partes, cada uma para cada pessoa que assumiu a tarefa de investigação: Peter Katz, John Keller e Roy Freeman, que fique claro que nenhum dos três personagens retorna à trama. Nós não conhecemos o destino de todos os personagens da história e algumas perguntas permanecem sem resposta mesmo depois do fim da história. Assim como na vida real coisas inesperadas acontecem e as respostas que recebemos nem sempre são aquelas que gostaríamos.
O livro é muito bem escrito e a trama completamente envolvente, o mistério que cerca o livro, nos faz querer ler sem parar e descobrir, assim como os envolvidos, quem assassinou Wieder e por qual motivo, esse foi meu primeiro livro do autor e tive uma grata surpresa com a leitura, recomendo muito a leitura!